quinta-feira, 30 de abril de 2020

Revisão/Manutenção completa guitarra strato

Esta guitarra strato estava pendurada numa república de Lavras - MG. quando comprei o instrumento, coloquei na bancada e dei início a manutenção

diagnóstico dos problemas do instrumento
Para começar é necessário observar o instrumento de modo que se identifique os problemas que impedem seu funcionamento efetivo. neste caso observei que a armazenagem imprópria oxidou bastante suas partes metálicas e tentativas de regulagens fizeram que os captadores ficassem em contato com as cordas, impossibilitando que o instrumento tocasse. 
Um problema recorrente em instrumentos que utilizam cordas metálicas se trata de seu uso em estado oxidado. 
As cordas oxidadas em atrito constante com os trastes, os destroem, além de que cordas oxidadas aplicam tensão excessiva ao braço do instrumento, podendo ocasionar problemas na estrutura do braço.

Neste caso antes de trabalhar no braço do instrumento procedi com a revisão da parte elétrica.
Portanto retiramos as cordas e os parafusos do escudo para ter acesso aos componentes elétricos, precisamos conhecer o captador e sua resistência, assim com a ajuda de um multímetro podemos verificar se todos os componentes estão funcionando normalmente. Especialmente nesse instrumento, foi necessário trocar o Jack, um problema muito comum em instrumentos com algum histórico de uso.
depois da revisão da parte elétrica

Com a elétrica devidamente revisada e limpa, podemos agora avançar limpando todas as peças da ponte, isto exige paciência, são 18 pecinhas minúsculas que podem ser limpas com produto antiferrugem ou álcool com objetido de retirar detritos que asseverem a oxidação. Muito importante é ajustar os sadless (carrinhos), de acordo com a entonação desejada, existem alguns modelos de ajuste dos carrinhos, o mais importante é garantir uma entonação equilibrada, vale lembrar que se trata de um instrumento com escala temperada o que significa que precisão absoluta de entonação é impossível.
trastes desgastados
A terceira parte é muito importante: a retífica dos trastes, como já falei aqui, permite reparar os danos causados pela utilização de cordas oxidadas, antes um trato na escala é possível, com muita delicadeza e alguma experiência, raspar com uma lâmina a sujeira grudada na escala, um bom polimento com óleo para madeira garante um acabamento impecável.

Resolvido o problema dos trastes, agora é só colocar um jogo de cordas novinho, com uma bitola maior (0.11) a troca, de 0.9 para 0.11 exige uma compensação de tensão um pouco maior (esta é a função do tensor).
Ajustando corretamente, o conforto para executar o instrumento é o prêmio desejado.
trastes retificados e braço polido
Com a tensão correta e as cordas instaladas verificamos as oitavas na décima segunda casa e na décima nona. para mover os sadless afrouxamos as cordas e reposicionamos. Este ultimo processo pode ser repetido até que se encontre o equilíbrio desejado. Agora testamos, cada nota do braço, elas devem soar sem trastejamento e o som deve ser limpo.

Pronto, agora seu instrumento não vai mais te atrapalhar de evoluir.
Ele está confortável e adequadamente ajustado.

Portanto não se arrisque e procure um luthier!





quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Retífica ou Troca dos trastes?

A principal causa do desgaste dos trastes é o uso constante do instrumento com as cordas em estado oxidado. Num primeiro momento, onde o desgaste não alcançou profundidade onde é necessária a troca de todos os trastes, pode-se "retificar" os trastes de um modo geral. Esta primeira técnica trata-se do desbaste controlado e alinhado dos mesmos com posterior arredondamento da zona de contato com as cordas e polimento. A troca dos trastes deve ser feita sempre quando a retífica já não for possível, ou haja necessidade de planificação ou retífica da escala. Este procedimento deve ser feito de maneira geral, não há como substituir apenas um ou dois trastes por exemplo. Esses dois procedimentos são eficazes para solucionar problemas de conforto, trastejamento, altura das cordas.

sábado, 30 de abril de 2016

últimos trabalhos

guitarra Ibanez: setup violão Tagima: setup baixo Tagima: manutenção da elétrica violao Gianini: setup violão Condor: setup

les paul V-Rod studio

Esta guitarrinha resume minha primeira experiência com instrumentos quando trabalhei com polimento e acabamento na Walczak. Aprendi que delicadeza é tudo neste processo e de quebra sai com essa guitarrinha custom shop escolhida a dedo e com pintura especial de Daggo Oliveira, um japonês muito gente fina que me ensinou muitas coisas.

primeiro trampo

Primeiro instrumento que consertei na conclusão do módulo básico do curso de manutenção, na B&H luthieria. tive a honra de estudar com Ricardo Mascarenhas, grande luthier da www.loudluthieria.com este violão Di Giorgio ganhou retífica de escala, troca de trastes, confecção de Nut e encordoamento novo. meados de 2010